quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

"When It Rains"

Você mudar os planos do seu futuro por causa de um sonho que você não vê nem a cor e sentir uma pontada no coração toda vez que tem essa lembrança, é sinistro.
Você vê que a vida anda tão parada, tudo continua chato, tudo...
5 anos de blog e a essência do texto é sempre a mesma.
Só vim desabafar...

Já estamos no fim de mais um ano, e lembro exatamente do dezembro passado, onde eu estava redigindo um texto falando justamente sobre o mesmo assunto.

Tenho tanta coisa pra falar que nem consigo...

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Uma história de Virada

Hoje eu nem sei o que escrever aqui, sério.
Só sei que a cada dia que eu pego ônibus eu filosofo comigo mesma sobre a vida. Da próxima vez vou fazer uma postagem de dentro do ônibus, sairá supimpa.
Já que não tenho nada útil pra falar, vou tentar lembrar de alguma história legal para contar.

Vou falar sobre o meu último reveillon, já que estamos perto do desse ano...

••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

Bom, eu não sabia o que fazer e nunca havia passado um reveillon com os amigos na Barra. Descobri um amigo que queria ir, e fomos.
Bem, fomos ao ponto de ônibus as nove horas da noite e perdemos pelo menos uns 4 ônibus devido a demora de alguém que não lembro agora.
Não passaram mais ônibus..........................
Pegamos um micro-ônibus que estava lotado parecendo o inferno comprimido.
NOTAS IMPORTANTES:::
1- havia uma criatura que eu denominei de "sacizeiro" com as pernas arreganhadas atrás de mim (eu estava em pé) demonstrando estar bastante animado para o evento - reveillon - pois iria ter uma banda chamada "A Bronkka" e que ele iria fumar todas e estava empolgado para brigar bastante. CHOREI.
2- havia outra criatura tentando sair pela janela do mísero micro-ônibus alegando que iria se matar, já estava com as pernas para fora (do meu lado) quando alguém o puxou para dentro. Ele estava do meu lado também.
VOLTANDO:::
Até aquele momento eu estava achando que nada pior poderia acontecer e me arrependi de não ter ficado em casa tomando champagne com o meu pai. Mas... não. EM UM DADO MOMENTO a porcaria do micro-ônibus parou no meio da pista e pessoas começaram a gritar repetidamente "quebrou, quebrou!"
E sim. Quebrou. Eu já estava quase chorando... e desci da porcaria do veículo.
Ficamos em um ponto de ônibus praticamente no meio da rua... não passava mais ônibus para a Barra.
Meu amigo teve a brilhante e magnífica ideia de ir falar com o dono de uma kombi que estava aos pedaços para que ele nos desse carona. Eu fiquei ~apenas~ observando. Mas ele viu meu olhar observador intenso e desistiu de ir pedir isso ao tiozão.
DE REPENTE resolvemos ir até o comércio (acho que era um sábado, as DEZ HORAS DA NOITE. O comércio não estaria funcionando. Só as almas estariam lá.). Mas pegamos um ônibus que iria para o Itaigara e fomos.
---------------------------------
Descemos no Comércio e não tinha UMA ALMA.
Fomos literalmente CORRENDO até o ponto da Ladeira da Montanha (kkk) e ficamos uma cara esperando o ônibus. Até que 3 almas (turistas) apareceram andando tranquilamente (retardados), e estavam preocupados não com o lugar e o local, mas com as roupas que usavam. Houve um comentário direcionado a mim que dizia o seguinte: "olha, o povo da capital usa short!" Tipo "¬¬"
Enfim, pegamos um ônibus cheio do caralho que ia até sabem onde? CAMPO GRANDE. Apenas.
Genteeeee, nós ainda fomos andando do Campo Grande até a Barra. Sim-ples-men-te.
Enfim...
---------------------------------
Chegando na Barra minha vida mudou.
Gente... minha vida mu-dou.
Eu vi aquele emaranhado de pessoas aparentemente sujas e escandalosas, e a rua suja demais, e uma gritaria, uma agonia, pessoas correndo, e tudo apertado, ladrão metendo a mão nas pessoas para roubar...
Eu estava tão estressada que tava tendo calafrios e apertando os olhos.
Pena que meus amigos gostam de pagode e estavam incomodados com a minha cara, que deveria estar parecendo um cu com cãimbra, e eu estava me sentindo incomodada por passar essa imagem para eles. Mas olha, 1 FATO SOBRE MIM: sou a pessoa mais expressiva que você pôde conhecer. E eu soube isso pelos outros! Logo, não posso mentir, pois minha cara revela o que eu estou pensando. Por isso as vezes nem falo nada, pois minha expressão diz por mim.
Enfim, eu estava muito chateada com a vida inteira, querendo ir pra casa, odiando tudo aquilo... provavelmente eu estava com cara de choro, porque sou bem esse tipo de retardada que chora por tudo. (sim).
---------------------------------
Chegou a hora da virada.
Meus amigos me puxaram para o meio daquele mar de gente tenebroso e... fizeram a contagem errada. Agora eu não consigo lembrar se terminaram de contar antes ou depois do tempo certo, mas teve algo bem errado...
Eu sei que, no momento da virada eu me senti um lixo. Olhei para o céu e disse em voz alta:
"esse foi o pior reveillon da minha vida."
E comecei a chorar (sim).
Choreeei, chorei, chorei de raiva, de tristeza e de um monte de coisa que a gente chora quando esse sentimentos vem à tona.
Quando eu finalmente resolvi sair daquele bolo de pessoas que estavam me irritando profundamente, olhei para uma direção qualquer e tomei um banho de cerveja na cara QUE FOI A GOTA D'ÁGUA PARA EU FICAR AMUADA ATÉ A HORA DE IR EMBORA.
Odiei a minha vida aquele dia.
AH, detalhe importante: a atração da noite foi Parangolé e eu só soube quando estava a caminho da Barra! =DDDD~~~~~~
Sim, eles continuaram tocando e os pagodeiros foram todos fazer aquela dança que vocês sabem como é, e eu ficando depressiva como se não houvesse amanhã (e eu acho que naquele momento realmente não havia).
Enfim... não aconteceu nada mais de interessante para eu narrar depois disso, porque eu fiquei encostada no ponto de onibus esperando as horas passarem para que eu pudesse voltar pra casa e dizer à minha mãe que eu estava arrependida e nunca mais iria àquele lugar, e queria dizer a todos os meus amigos que nunca fizessem isso: NUNCA FAÇAM ISSO, SÓ AVISANDO.
--------------------------------
Houveram partes boas que foi quando eu encontrei Édipo, que pensou que eu tivesse sido estuprada porque eu não atendia o celular (ficou sem rede) e Thiago. Foi lindo encontrar os meninos.
Foi bom estar com Ramon e os amigos dele e rir dos pagodeiros até o momento em que o próprio Ramon desatou a dançar pagode loucamente e eu ficar com cara de cu olhando para ele.
--------------------------------
Houveram partes aleatórias como quando o tio que vende Redbull resolveu chegar até onde eu estava, ME DAR a bandeija de Redbulls para eu SEGURAR~ , PEDIR para eu tomar conta do SACO DE REDBULLS dele e de outras coisas que deveria ter lá dentro que não me interessavam e eu ACEITAR fazer tudo isso =D
Boa ação, né gente. Algo de bom tinha de acontecer aquele dia.
Depois o pessoal foi para o Cristo ver o sol nascer. Porém o local estava todo sujo e vomitado e eu fiquei incrivelmente desconfortável e sem força para viver querendo voltar para casa como se não houvessem vírgulas nem pontuação nenhuma nessa frase que acabei de fazer demonstrando o meu desespero adquirido naquele momento.

♥ Fim ♥

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Tem dias que as luzes da cidade têm um brilho diferente, as pessoas estão serenas, nada pode te atingir. Tem dias que as luzes da cidade te fazem companhia, a presença das pessoas é irrelevante ou desnecessária, nada te importa.
Tem dias que você precisa apenas de você.
Você, as luzes da cidade, um artifício para acalmar e uma pessoa qualquer tocando violão no banco da praça.
E assim a vida segue, a música toca, o vento trás e leva pensamentos e então chega a hora de ir embora...
Respira. Respira fundo e encara o que vier.
A rotina nos massacra.

sábado, 6 de outubro de 2012

Memorandos

Uma vez eu estava voltando de um ensaio na casa de um amigo. Era meio tarde da noite e estávamos eu e outro amigo, ele com o violão dele. Quando estávamos chegando perto da minha casa passamos por uma praça, onde ele sacou o violão e começou a tocar Ignorance do Paramore e eu comecei a cantar. E de repente eu estava cantando bem alto e ele tocando bem alto... os mendigos pararam para olhar aquele ato insano. E aí começamos a agir como se estivéssemos em um show... e ele apoiou o pé em uma lixeira fingindo ser uma caixa de som e fez o solinho. Eu ri daquilo e não consegui terminar de cantar a música. Ele continuou o caminho tocando violão baixinho até me deixar em casa e seguir o caminho dele.
•••
Ontem eu estava em uma praça, e um menino pequeno, um pivetinho, digamos assim, chegou até mim me oferecendo bala. Bom, eu peguei uma das balas e aí ele se empolgou e disse que poderia fazer mágica com elas. Aí eu pedi que ele me mostrasse. E ele começou a me ensinar vários truques óbvios, mas eu me fiz impressionada. E o melhor de tudo é que eu estava! E depois que eu estava indo embora, ele reapareceu e me falou "tia, posso te mostrar uma última mágica?". Eu falei: claro que sim. E ele me disse "se abaixe pra eu mostrar." E eu me abaixei. Ele deveria ter a altura que chegava a minha cintura ou menos. Então, me abaixei e ele me mostrou o último truque. Fiquei alegrinha com aquilo... depois ele saiu de perto de mim e deu meio que um tapa na genitália de um menino que estava ao meu lado, da minha idade mais ou menos. O pivetinho saiu correndo e rindo bem alto...
•••
Outro dia eu estava em outro lugar e estava acontecendo uma feirinha artesanal e me aproximei para ver  uma das barracas, que tinha fotos parecidas com mandalas e coisa e tal, e a pessoa que tomava conta estava tocando uma flauta. E eu fiquei parada ali olhando... até que ele veio até mim e começou a me falar sobre o trabalho, sobre as mandalas, sobre a música e sobre uma viagem que fez aos sertões.
•••
Outro distante dia, nesse mesmo lugar, conheci uns gringos. Dois irmãos londrinos, um cara californiano e uma moça alemã. Bom, eu ensinei o que era arrocha (na teoria) para um dos londrinos, porque ele gostou da música que estava vindo de um táxi próximo. Deixei explícito que não faz parte do meu gosto também... ensinei ele a falar "e aí, beleza mano?"; ganhei um colar do Texas com pedras africanas também, mas esse foi presente do californiano, que me disse que agora tenho uma casa em San Francisco. E aprendi que vinho em inglês é "wine" porque a moça da Alemanha me falou e também me disse que agora tenho uma casa em Frankfurt para passar as férias. Depois fomos embora, eu e as pessoas que estávamos no local. Demos carona aos gringos e depois... foi depois.
•••
Outra vez, era madrugada e eu estava na rua com uns amigos. Atrás de uns planos. Começou a chover muito forte e fomos nos abrigar no primeiro bar que apareceu. E então eu comecei a socializar com o senhor dono do bar, porque percebi que ele tinha o sotaque espanhol exatamente igual ao do meu avô, sendo que eu iniciei a conversa perguntando se o senhor era espanhol. No fim das contas, eu descobri que ele é primo do meu avô e que veio pra cá no mesmo navio que ele. Depois de muito conversar, os outros amigos chegaram e fomos embora para a casa de uma amiga que mora perto. Só que chovia muito... mas como era perto, pensamos que se fôssemos correndo daria tempo. Mas apareceu uma kombi do nada, e o velhinho disse para tomarmos carona com a kombi. Entramos todos na kombi, e a tarefa de fechar a porta ficou comigo, o que foi um desastre, porque eu não sabia. Mas no fim das contas andamos uns 2 ou 3 quarteirões de kombi e descemos na esquina da rua da minha amiga... e saímos correndo pela chuva para chegar rápido até a casa dela, sem se molhar, e pra dar tempo de aproveitar o resto de noite que tínhamos.
•••
Sem falar que na minha ida ao sertão, um sertanejo me perguntou como era a sensação de ter a cara toda furada de brincos. (piercings)

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Jazz on Mars

Um fim de tarde com jazz e literatura era tudo o que eu precisava.
É, a solidão tem seus doces, apesar do sólido amargo. Sozinhos viemos ao mundo, e caminhamos, e vivemos e inventamos. Até que encontramos alguém e refazemos nossos caminhos, revivemos, reinventamos. É, as boas companhias são compostas de doces, porém os amargos sempre aparecem para nos saudar...
É, um jazz ao vivo e um bom livro era tudo o que eu precisava aquela tarde: doces companhias sem nem uma pitada sequer de amargo.

É... um café, por favor?

•••

(justificando o título: "jazz on MARS", "Mars". Eu estava tão em outro mundo naquele momento que me considerei fora deste. Dizer que eu estava em Marte é o mesmo que dizer que eu estava em outro mundo, né não?)

Minha cara de explicação.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Pela janela do meu quarto

Chuva e luz laranja de fim do dia, melancolia, blues. Tudo de novo.
O passageiro sombrio nunca se vai, vale lembrar que ele também nunca foi convidado. Ele simplesmente... está.
Fuga, anseio de calmaria, anseio de fuga, vontade de café, vontade de fugir, vontade do que "não pode". Algo que puxa, que suga a energia pra si e te deixa sem nada (de bom).
Me livrar de sentimentos que são reflexo de coisas passadas é o que mais quero, porque acredito que é assim que vou encontrar paz.
Na verdade, é a única explicação que tenho pra falta de paz...
A gente fala tanto, tanto... mas no fim das contas não sabe explicar nada. Porque a gente não sabe nada.

...
Quando o vento bate forte dá pra ouvir o som dos restos de bandeirolas que se encontram no alto da rua, e quando chove não dá pra saber se é só o barulho da chuva ou se é das bandeirolas, ou da chuva e das bandeirolas.
Essa é realmente a janela do meu quarto, se é válido ressaltar.
Eu tirei a foto as 17:06 desta tarde...

...
Uma vez me disseram que não entendem exatamente o que escrevo.
Bom, as coisas que eu escrevo vem de dentro, são mais pra serem sentidas do que lidas...
Quem se identifica entende, quem me conhece também entende.
Achei cabível explicar minhas palavras pelo menos uma vez.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Uma Tarde Na Sacada


Naquela sacada do terceiro andar, onde eu era obrigada a encarar o lugar em que nos vimos pela primeira vez, ou melhor, pela segunda, já que nos encaramos anteriormente em meio a umas luzes aleatórias, a minha única companhia era uma colher. Uma colher branca de plástico, provinda de um sorvete qualquer, a qual eu passei a tarde inteira brincando.
Havia um guardanapo também, mas o vento levou.
As músicas que estavam me acompanhando no fone de ouvido faziam com que lágrimas e mais lágrimas saíssem dos meus olhos para conhecer o mundo, e secarem, e se esvaírem; assim como alguns amores, tristes amores.

•••

No fim das contas eu parti a colher. A deixei em pedaços, em pedacinhos... assim como estava meu coração.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Ethos -de mim

Porque você só percebe o quanto foi idiota depois que sente falta do que jogou no vento.
Uma lágrima que cai leva junto consigo um universo de sentimentos, leva muita graça, te deixa sem.
Um abraço, uma palavra, uma preocupação, uma dedicação. -outrém
Nada, nada, nada, nada. -eu

Vamos começar a andar pra frente, vamos enterrar os medos, porque acho que já foram o suficiente pra encorajar.
Vamos deixar que a gota de chuva presa na fiação do poste molhe nossas cabeças, vamos deixar que o vento bagunce o cabelo pra valer, vamos chutar o ar quando estivermos com raiva, vamos ser simples. Vamos ser cuidadosos. Vamos ter essência, vamos ser nós.
Vamos?

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Steps

Acho que as faíscas estão escondidas sob pressão nos fogos de artifício da mente em clímax, acho que a escada que leva a esse ápice está quebrada. No entanto, ainda há escada. Talvez eu tenha que (re)construir o que foi destruído. Talvez eu deva mudar de caminho, mudar de escada. Talvez eu deva terminar de quebrar a escada. Talvez o que eu devo realmente fazer é chutar o pau da barraca e construir um castelo. Ou... ou deixar que ele se construa.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Sininho

A espreita, a espera nada esperta das estrelas pequeninas, artificiais, especiais, colossais! (o importante é que brilhem);
Supernova, todos ávidos, sorriso infindável... os 3 itens estão em falta, mas o pedido já a tempo foi feito;
Tentativas fracassadas de se livrar da melancolia na noite fria sem até mesmo nostalgia;
Rimar tem sido o malfeito feito;
Só de imaginar sininhos, pianinhos e musiquinhas torna tudo tão meigo que até parece que é, mas não.
Falta tanto, sobra tanta falta...
Falta a vista do mar, a tarde de conversa jogada fora, as coisas em comum, a paz interior, a companhia pra contar quantas folhas caíram ao chão essa tarde, o sentido pra ver beleza até na gotinha de chuva.

Faltam os motivos pra que os sininhos dêem suas primeiras badaladas.
Eles estão a espera.
Mas falta o motivo.

Juro solenemente que não tenho feito nada (de bom).
Malfeitos feitos.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Poeminha

Faz da vida um carnaval, um bacanal, um baixo-astral.
Tudo que fez e não fez foi para o lixo, resquício, sumiço.
Desprezou até as amoras, caiu fora, foi embora.
Não percebeu no outro a alegria, a alforria, o motivo porque sorria.
E assim partiu. Partiu o meu coração, me deu uma conclusão: foi tudo em vão.
E se alguém pára e repara, ampara.
E se não repara, diz que é dor de amor, diz que é falta de amor, diz que é presença de dor.
E se tanto faz, nem a sua graça aqui traz, aí meu pensamento se desfaz.
Posso ver o brilho de alguém muito rápido; sei, cansei, não sei.
As vezes sou vazia de mim, assim... sim.

As vezes sou, as vezes estou, as vezes... não.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Estação das Flores

Hoje acordei e não acordei.
Só senti que acordei no momento em que um choque perpassou o meu corpo. Por uns breves segundos senti uma onda transpassando em mim... talvez seja reflexo das minhas reflexões noturnas nada convidativas.
Pode ter sido a realidade batendo à porta, avisando pra eu sair da margem e enfrentar o dia, que é mais importante do que minhas conclusões obscuras sobre algumas coisas.

Isso são coisas que eclodem no inverno.
•••
Eu prefiro a estação das flores.
Temos menos tempo pra chorar por passar a maior parte dele admirando a beleza dos dias e das violetas.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Cosmos


Como se houvesse uma cachoeira de pedras criada por mim mesma.
Como se o vento fosse o único capaz de entender os meus segredos...
Como se não houvesse mais nada de colorido em meio as cinzas.
Como se coisas sem valor ocupassem momentaneamente as lacunas constantemente livres e isoladas no espaço.

Provavelmente ocupo um lugar em outro cosmo. Vai ver nem ocupo um lugar em cosmo algum.
Vai ver ainda não encontrei um.

domingo, 6 de maio de 2012

Jornal

Para ler, escute: http://www.youtube.com/watch?v=R7c1P-NPOpM.

Acorda de manhã e vai pra varanda tomar um café sob o sol gostoso matinal. Fica a pensar sobre a vida ao som dos Strokes e AC/DC; Scambo também.
Dia desses, assistiu um filme do Almodóvar enquanto saboreava um vinho seco.
Alguns pequenos extremos (paradoxo, rs) da solidão.

Algumas coisas que parecem notas aleatórias de um jornal envelhecido. Coisas que não importam à muita gente; importam apenas à quem se identifica com a nota. Importam apenas a quem vive esses pequenos extremos.

Agora imagine alguém lendo esse jornal. Alguém, de manhã, de pantufas e um cigarro, cabelo desgrenhado, cara de muito sono, expressão de... de além.
E assim é...

terça-feira, 17 de abril de 2012

No Barco dos Fatos





É deplorável quando o vazio se torna sua maior companhia. Talvez seja porque você esteja num estado deplorável. Cadê a luz nos olhos, cadê?
Acho que vou pro Norte virar pescadora.






Sei lá né... vai que a minha rede de repente faz um desenho de mapa da felicidade e me mostra onde eu tenho que ir.
São tantas coisas que tenho pra falar, que eu acabo não falando por achar tão loucas.

"...A vida ficou por ali me olhando por trás"

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Entorpecente

Sentindo que tudo acontece num tempo que não é mais tempo, que fiquei entorpecida no instante que tudo parou, e agora nada mais se move ou muda de direção.
Sentindo que a tendência da situação é estagnar ou dar para trás.
Sentindo que os medos, as controvérsias, as preocupações e as ideias de antes, não existem mais.
Sentindo que tá perto de acabar. As vezes que tá longe. As vezes nada.

Mas nada disso importa porque ninguém tem conhecimento - e nem se importa em ter.
Porque só serve se tiver com sorriso no rosto e piadinha do dia. Ah, e pra ouvir ~ouvir~ os problemas.

Se incomodam se não apresento coisas comuns, se apresento coisas incomuns, se não apresento nada, se sou da minha forma, se não sou, se mostro a minha dor, se não mostro, se sou gentil, se não sou, se... ah, se tudo.
A verdade é que estou cansada até mesmo de explicar... estou cansada de expl... estou cansada... estou cans... est...
Estou cansada de t-t-t-t-tentar explicar.
Cansada de tud...
Cansada d...
Cans...

sábado, 31 de março de 2012

A sad fact






quarta-feira, 21 de março de 2012

Pedaços

E lá estava eu suspirando por alguém que eu tinha de conhecimento apenas meia colher de chá e algumas pitadas alternadas de sal e açúcar.
Eu não sabia como eu estava sendo levada por aquilo, eu não podia ser tão fraca.
Algumas coisas se explicam no fato de eu ter passado a enlouquecer com certas características e gostos nas pessoas e você apresentar todos.
Por dados momentos eu me sentia muito mal por estar me vendo diante de uma situação embaraçosa e um tanto doentia como essa.
Me sentia como Amélie Poulain juntando os pedacinhos do retrato do homem. Ela nem sabia quem ele era! Mas no fundo... no fundo ela sabia.
Estou juntando os pedacinhos do seu retrato.
Mas será que é apenas um retrato?
E se for apenas um retrato?

Não compreendo, não compreendo...

Amanhecendo-me


Observando a gota que anunciava o orvalho; esperando a chamada do raio de sol para anunciar a nova manhã; passando a tarde sem nada muito relevante a fazer a não ser caçando distração mental; e a noite, ouvindo músicas depressivas ou reflexivas, repetindo o ciclo vicioso sem nem sentir a liquidez do tempo e das relações com todo esse descaso involuntário vindo da alma.
Dizer que é uma questão de desistência de viver, é mentira. É uma desistência de se preocupar com o que não está sendo benéfico agora ~e nem nunca foi~; olhar pra dentro de mim e sentir o que é preciso ficar e o que é preciso sair. As vezes nem sei quais são essas coisas... na verdade, nada sei. Nunca sei. Essa é a verdade.
E esperando que um dia um ponto de luz venha a me mostrar os motivos pelos quais passo pelo que passo, e tudo aquilo que não passo também.
Aceito a condição de ser inexplicável a minha missão aqui, atendendo apenas o curso natural da vida: cumpri-la.
E eu vi muita coisa passar, muita gente desmoronar, e vi muita gente brilhar também.
E sei que ainda tenho muita coisa para ver, e muita coisa que eu não vou ver.
Que vida estranha.
Meus próprios conceitos as vezes são incompreensíveis por mim mesma, minhas escolhas são desfaceladas por minhas próprias mãos que as fizeram, minhas concepções são esmagadas pelo senso comum.
Mais uma voz a se calar em dados momentos.

E eu vi, mais uma vez, a chegada da manhã.
Dessa vez, sem orvalho, sem raio de anunciação, sem aurora.

Será sempre assim?

terça-feira, 20 de março de 2012

Parafraseando Estrelas

E como as estrelas que brilham com toda sua individualidade e conjuntura, parafraseando assim as suas ações (paradoxais), eu sinto que cada vez mais te adoro e te odeio, com toda certeza do ódio por descobrir o que está por trás dos "fatos", com toda dúvida resultante da esperança de que tudo que tem acontecido seja uma grande pegadinha do bem e que nós... É.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Musicando

Ao som de Tiê nesta manhã, na qual estou a pintar as unhas, eu estou também a pensar no aspecto dêitico das canções. Sempre vai ter uma música que você vai sentir como se tivesse sido feita pra você; mas, sinto lhe dizer, ela não foi.
Só que isso não vai mudar o que você vai sentir toda vez que escutar determinadas músicas.
Tem algumas que as vezes não vemos sentido algum, mas tem outras que parece que estavam lendo nossos pensamentos... e isso acontece com outras milhares de pessoas. A mesma coisa. Talvez seja por isso que as músicas sempre apresentam esse aspecto dêitico; porque sempre vai ter muitas pessoas passando por situações tidas como "comuns", e aí vem alguém e cria uma música e cada pessoa que ouve acha que a música foi feita pra ela.

Mas olha, as vezes tem músicas que mesmo sem vermos sentido, "entramos" nelas. As vezes são tão profundas que você mesmo sem viver a situação, você meio que entra no clima... você sente a música. É, sente.

Tem músicas que nos chamam pra dançar, tem músicas que nos dão vontade de gritar pro mundo inteiro ouvir, tem músicas que nos fazem chorar e tem as músicas que nos fazem lembrar do exato momento em que as escutamos pela primeira vez.



terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Bom dia



Bem, estou dando bom dia porque ainda é de manhã.
Todos esses dias eu tenho acordado de manhã (cedo)... digo isso porque a poucos dias, eu acordava de tarde (insano).

Enfim, hoje estou aproveitando a minha solidão matinal para expor minhas besteiras de sempre aqui.

Sabe aquele sentimento de rotina? Você se vê fazendo as coisas por puro hábito, e você não acha mais graça em muita coisa...
Eu estou assim esses dias.
Na verdade tudo está acontecendo porque estou ocupadíssima agora; nem no twitter eu entro direito, vei.
Eu estou na casa de uma pessoa ajudando ela. Era pra ajudar somente em uma coisa, só que já levei bronca aqui no primeiro dia, então agora faço tudo. Tem dias que eu fico cansada...

Eu só queria ir pra casa, só.
Na verdade, eu não sei... eu quero paz. Você quer paz?
Como é ter paz?

Eu tenho vontade de um dia viver em paz.

Hoje, novamente, não foi um texto comumente filosófico, que é o hábito.
Estou um pouco... como posso dizer? Ahm... uma pessoa de viseiras. Estou meio que só focada no que é/tem pra fazer aqui. Não estou ligando muito pra umas coisas, mas ainda assim, ligo muito para outras.

Olha, vou correr. Daqui a pouco o eletricista chega e eu não posso estar aqui de pijaminha rosinha de ursinho esperando ele né.
Vou vestir uma camisona esculhambada e ficar com cara de mulambenta até a hora de ele ir embora.
Meu café da manhã hoje foi: suco de uva da manhã. Sim, na xícara.
E nessa foto eu estou com cara de c*, acordei nesse instante.

Deixo vocês com a frase que titia Rita (Rita Lee) postou no twitter dela ontem:

"Eu te amo c/ a paixāo de três milhōes d sóis multiplicados por cinco bilhōes d asteróides e um beijo eterno. Roubei a lua pra voce."

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Sobre todas as coisas que eu...

Lista de desejos que eu...

• Fugir para um universo paralelo, onde eu possa...
• Entrar num sonho bom e viver nele, sem nunca acordar, porque...
• Ter eternos devaneios para não encarar...
• Lembrar de um rosto que me trás memórias boas, tão boas que...
• Sentir uma música e poder cantar para...
• Subir num telhado a noite, de pijama, e dançar com...
• Sorrir simplesmente porque...
• Compartilhar segredos com alguém que...
• Poder dizer o quanto é bom estar com...
• Ser mais decidida principalmente em relação a...
• Continuar escrevendo sobre todas as coisas que eu...

E uma coisa que eu quero, e vou completar, é não perder o poder de viver e levar algumas pequenas coisas (porém muito importantes) nas entrelinhas, porque eu acho que a magia está aí.
A arte do subentendido, o poder de conseguir ver além do que está escrito, de entender além do que se é dito.