segunda-feira, 23 de julho de 2012

Uma Tarde Na Sacada


Naquela sacada do terceiro andar, onde eu era obrigada a encarar o lugar em que nos vimos pela primeira vez, ou melhor, pela segunda, já que nos encaramos anteriormente em meio a umas luzes aleatórias, a minha única companhia era uma colher. Uma colher branca de plástico, provinda de um sorvete qualquer, a qual eu passei a tarde inteira brincando.
Havia um guardanapo também, mas o vento levou.
As músicas que estavam me acompanhando no fone de ouvido faziam com que lágrimas e mais lágrimas saíssem dos meus olhos para conhecer o mundo, e secarem, e se esvaírem; assim como alguns amores, tristes amores.

•••

No fim das contas eu parti a colher. A deixei em pedaços, em pedacinhos... assim como estava meu coração.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Ethos -de mim

Porque você só percebe o quanto foi idiota depois que sente falta do que jogou no vento.
Uma lágrima que cai leva junto consigo um universo de sentimentos, leva muita graça, te deixa sem.
Um abraço, uma palavra, uma preocupação, uma dedicação. -outrém
Nada, nada, nada, nada. -eu

Vamos começar a andar pra frente, vamos enterrar os medos, porque acho que já foram o suficiente pra encorajar.
Vamos deixar que a gota de chuva presa na fiação do poste molhe nossas cabeças, vamos deixar que o vento bagunce o cabelo pra valer, vamos chutar o ar quando estivermos com raiva, vamos ser simples. Vamos ser cuidadosos. Vamos ter essência, vamos ser nós.
Vamos?