terça-feira, 13 de agosto de 2013

(!)

É como se eu estivesse voando bem alto, encontrando o céu acima do precipício e, de repente, acordasse do sonho e caísse lá de cima abismo a baixo. É assim quando me sinto enganada.

domingo, 14 de julho de 2013

"Primeiro Andar"

E de novo tudo pelo avesso, de novo tudo ao contrário... de novo o poço sem fim.
A 3 horas atrás eu tinha no fundo do peito a certeza de que a casa ainda era minha, a 3 horas. E em dez minutos tudo mudou. Na verdade tudo já vem mudando a um tempo...
Não quero obrigar a me aceitarem como eu sou, só quero que respeitem o meu espaço e a minha condição, assim como -debaixo de toda tristeza que não cabe em mim- eu respeito a condição deles. Sempre respeitei, sempre fui "exemplo", sempre atingi as expectativas até que... até que meu coração chorou a verdade que mais precisava ser dita em um certo momento -afinal eu morava debaixo do teto deles e eles precisavam saber- e tudo caiu, me tornei a aberração, a sem postura, o caso perdido.

Foi aí que me vi precisando de pessoas que chamei de amigos e me vi só.
Me vi por um segundo pela rua com quem nem merecia estar passando pelo que passa só pelo fato de estar comigo e me senti um lixo, me senti desprezível... eu havia avisado que eu era problema, que minha vida era um problema (e agora se tornou um caos mudo).
Mas enquanto me vi por um segundo com quem não merecia estar passando por isso, percebi e percebo a cada hora e sopro do tempo que é a melhor pessoa com quem eu poderia contar, com quem poderei contar e com quem conto.
Você sabe que isso é pra você e que, querendo ou não, você é o meu lar agora. Agora mais do que nunca, sem você sou pá furada.
Conta comigo porque minha mão vai ser sempre sua, seja pra te segurar, seja pra te ajudar, seja pra te proteger. Minha mão, meu abraço, meu coração.

Estou me sentindo como um monte de areia que o vento passou e espalhou pra todo lado, com um buraco no meio, um vazio na alma.
Essa eu deixo pra quem hoje diz não me aceitar, pra vocês que disseram que não vão me aceitar nunca, pra vocês que espero um dia me dizerem que a casa é minha e me perguntarem porque eu não chego logo...

"Já vou, será

eu quero ver
o mundo eu sei
não é esse lá

por onde andar
eu começo por onde a estrada vai
e nao culpo a cidade, o pai

vou lá, andar 
e o que eu vou ver
eu sei lá

não faz disso esse drama essa dor
é que a sorte é preciso tirar pra ter
perigo é eu me esconder em você
e quando eu vou voltar, quem vai saber

se alguem numa curva me convidar
eu vou lá
que andar é reconhecer
olhar

eu preciso andar
um caminho só
vou buscar alguém
que eu nem sei quem sou

Eu escrevo e te conto o que eu vi
e me mostro de lá pra você
guarde um sonho bom pra mim"

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E por fim, quero agradecer a você que tá aqui atrás de mim (sim, mô... é você mesmo) por ter um abrigo no seu abraço... eu não me importo de morar nele. Te amo com a força de quarenta e dez milhões e quinze mil e setenta estrelas juntas no céu.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Tumultos Interiores

Eu me lembro de flashes e fico tentando parar eles, vivenciar novamente, me preencher com esses momentos. Estou vazia de novo? Está acontecendo tudo de novo?
Temo que ninguém nesse mundo possa me entender. Eu queria que ao menos uma voz no meio da multidão me dissesse o que se passa, porque dentro de mim é um tumulto tão intenso que eu não consigo identificar... será que alguém de fora consegue?
Meus tumultos interiores me impedem de tanta coisa... me impedem de ser quem eu quero ser, como eu quero ser e porque eu quero ser. Me impedem de ser. Por que esses tumultos? E o mais engraçado é que tais tumultos não preenchem, esvaziam!
É uma sensação muito ruim, eu diria hiperbolicamente que é como uma experiência extra-corpórea constante (como se o corpo ficasse vazio mesmo, sem ethos.).
O que é meu ethos? Que saudade de conversar com Fabiana... queria conversar um pouco sobre a vida, sobre nada e sobre tudo e talvez conseguir decifrar meu ethos.
Acabo passando pra você o que tem por dentro: vazio, frieza, tristeza. (esses componentes insistem em me acompanhar). Me desculpa, não é intencional.
Mas tem uma coisa que acho que sei: sou feita de uma fragilidade tal, que se me soprarem, caio em pedaços. Posso não mostrar ou não querer demonstrar, mas viro um mosaico desarrumado no chão.
Eu sei que sou feita de amor também, independente de ter sido triste ou feliz, sou feita de amor. Não sei largar nas areias do tempo o que me faz bem; eu gosto de trazer comigo guardado bem forte no peito... acho que acabei de descobrir o que me fortalece.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Away

Essas desavenças todas tem me assustado, tenho começado a achar que não tem solução e tenho medo também de que a saída seja apenas uma ou pior: tenho medo que não haja saída.
Acho que preciso das minhas caminhadas noturnas ou então de sentar-me no banco da praça de noite e ter a sorte de encontrar uma pessoa tocando violão no banco do lado.
Eu lembro que fazia essas coisas de vez em quando mas agora não tenho mais tempo pra fazer isso, infelizmente...
Aproveite enquanto você tiver tempo pra ir na praça escutar o jovem tocar violão do seu lado e pense sobre sua vida, e depois que não tiver mais tempo pra apreciar os singulares do mundo ao seu redor, aproveite as oportunidades que lhe surgem pra não deixar ela (a vida) mais complicada. Não deixe pequenas coisas destruírem o que preenche seu coração.
- Não deixe.
- Não deixo.

terça-feira, 7 de maio de 2013

De presente

E assim com toda sua imperfeição perfeita, eu consigo te amar a cada dia mais. Consigo te trazer pra dentro de mim cada vez mais.
Lembro daquele dia naquela festa a quase um ano atrás, em que nos beijamos sem nem sequer saber nossos nomes (eu sabia o seu porque pelo seu teor de álcool na veia você foi capaz de dizer aleatoriamente aos quatro ventos qual era o seu nome), e hoje vejo que estamos mais junto do que... sei lá, do que qualquer coisa que permaneça constantemente junta.
É interessante lembrar que já vimos trovões, chuva, sóis, praia, filmes, lágrimas, sorrisos, suspiros, luzes, festas, beijos.
Me pergunto se, caso não tivessem acontecido as coisas que aconteceram anteriormente ao que vivemos agora, as coisas seriam tão intensas e verdadeiras. E puras também.
É muito bonito ver a distância das condutas tão putas que se arrastam por aí e tentam nos envenenar.
É muito mais interessante saber que parte de você já foi parte dessas condutas, que parte de mim já foi parte dessas condutas e que partes de nós já foram parte da pior parte dessas condutas. Ou não.
Existem pessoas e pessoas, situações e situações, amores e Amores. Amores. Grandes amores acompanhados de fastfood no final de semana e até mesmo no nascer do dia; com vitamina de banana com chocolate na noite fria, com macarrão e sardinhas como única alternativa e o resultado sendo acima de bom.
Existe, é claro, um medo de que suas promessas tenham prazo de validade ou que outras pessoas tenham sido ouvintes e crentes dessas promessas. Mas eu tenho aprendido a afogar esse medo nas águas que aprendi a deixar rolarem longe de mim.
Tenho aprendido a gostar de Percy Jackson também, e de juntar meus gostos de velho com os seus. Tenho aprendido a gostar dessa coisa de tudo virar uma coisa só. Principalmente as coisas de velho.
Obrigada por ter me dado você de presente.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Fé Solúvel



Enquanto estiver lendo, OU MELHOR, ANTES de ler, coloque >>>isto<<< (clique para abrir em outra aba) para tocar.
Colocou?
Pronto. Agora pode ler.
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E eu me lembrei de quando estive em frente ao mar contemplando o infinito e achei que estava em paz... foram poucos minutos. E depois me lembro de momentos compartilhados e me sinto feliz, feliz por lembrar que estive feliz em alguns momentos.

Mas acontece que eu não sei o que acontece quando a noite vem, quando o frio vem, quando o medo vem, quando o escuro vem. Mas não tem problema... nem sempre se vê lágrimas no escuro!

E eu ficava a me perguntar se estava tomando as atitudes certas e se estava no caminho certo e se viveria de dúvida sempre. É verdade que a dúvida é o preço da pureza e é inútil ter certeza?
E ficava tudo cinza, me sentia numa Sin City dos quadrinhos.
E durante alguns dias seguidos me perguntava qual era o sentido da vida e das coisas que estavam acontecendo comigo, e me lembrei que não me lembrava de em nenhum momento da vida NÃO ter feito esta pergunta. Ela era sempre feita.
Eu só quero, só desejo, desejo muito, do fundo do âmago de meu ser, que eu não precise mais perguntar essas coisas. Acho que está na hora de acabar, mas... como?

terça-feira, 5 de março de 2013

Sometimes

As vezes tudo o que você quer é um abraço, é uma garantia de que vai ficar tudo bem - mesmo que não vá ficar, mas ouvir isso melhora em níveis altos -, tudo o que você quer é um minuto de silêncio sob um colo querido, é um pouco de atenção sem pedir, as vezes o que você quer é ser escutado, é ser compreendido, concebido de paz. As vezes isso é tudo o que você quer. As vezes isso é tudo o que você precisa.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

5:21 pm

Fantasmas descansando após a confusão, sempre procurando uma brecha para voltarem a ativa, para fazerem o seu dever, para assombrarem no escuro.
Por mais que as boas energias pairem sobre esse lugar, eu sei que eles estão aqui, eu sei que eles esperam qualquer momento de fraqueza para poderem agir. Eu sei.
Agora eu estou mais forte, certas coisas não podem me abalar, tenho um escudo em forma de sentimento que é capaz de expulsar coisas ruins, tenho alguém.
Mas como dizem por aí que a essência de quem tem caráter nunca muda, a minha ainda é a mesma. Permanece imutável e eu não sei porque. É tão pouco convidativo, é tão denso e profundo, é tão afastador que até me admiro se há aproximação, se alguém bate na porta.
Enfim, me deu vontade de escrever hoje porque os fantasmas bateram na porta, e a minha essência pra eles é um banquete de castelo.
Mas dessa vez a vitória da batalha vai ser minha, vou lutar por isso, fazer minha força ser imortal, fazer eles se renderem e essa escuridão virar apenas motivo de serenidade.

Enquanto isso não acontece, ouço Placebo e escrevo um pouco, e lembro de coisas boas, e a chuva passa e então parece que estou me acalmando...