domingo, 30 de março de 2014

20 e poucos anos de sonho, de sangue, de América do Sul e de muito amor

Eu não sei nem como começar isso... tá tudo girando tão rápido e as coisas saindo do lugar.
De vez em sempre tenho um surto de loucura e faço coisas que jamais imaginei fazer... e ultimamente tudo isso tem acontecido com mais frequência... acho que meu medo de perder quem eu amo se soma à síndrome dos 20 e poucos anos.
Tem momentos que desejo sumir, desaparecer, deixar tudo para trás... eu não consigo conter essa coisa de sentimento, e com meus vinte anos tudo tem ficado mais difícil, porque hoje em dia é menos preocupante ser eu mesma diante do mundo. Mas quando tem alguma coisa diferente você sabe, e como sabe!
Mas tudo isso vem porque não é fácil você passar a sua vida inteira aguentando problemas familiares que não irão ter solução nunca, você tem começado a se sentir só, a ser trocada por coisas banais e não conseguir administrar.

Mas sabe o que mais acaba com tudo? Silêncio.
A dor que mais machuca é a da zuada sem som, do ar ecoar o barulho da respiração e dos batimentos cardíacos, o barulho dos pensamentos em chamas, quase criando vida e fazendo uma cena.
Ultimamente eu tenho tido medo do silêncio, da despreocupação. O silêncio me rasga, fere fundo, magoa ferida, provoca, traz ira daquelas brabas! Poxa... me pergunto por que sou tão sentimental, porque essa coisa toda acaba comigo... eu sabia, sempre soube que quando meu coração não fosse só mais meu isso iria acontecer. Sabe quando você ama alguém com todas as suas forças, com toda a sua alma? Um dia eu achei isso besteira, impossível.
Hoje eu SOU isso. Transbordo, vivo.  E vivo muito!
Sabe quando alguém se joga da pedra mais alta e cai na água, em um mergulho? É assim, foi assim.
É bom se sentir viva, mas confesso que tenho medo de perder quem mudou tudo ao meu redor, tudo mesmo. Quem me marca todo dia, quem vai deixar marca pra sempre. Marca boa principalmente.
Sinto falta de coisas bobas, como não ligar pra ter muito. Ter só você é bom! Jogar conversa fora sem nem sentir; aquelas cartas dobradas em oito vezes, os passeios sem muito dinheiro só pra ver o por do sol, qualquer coisa que você poste e lembre de mim e me mostre, me fale. Fale, mostre que ainda vale... sinto falta de quando não fazia o que não queria que eu fizesse. E agora?

Tem outra coisa que também não sei lidar ainda: descaso. Eu não tenho nem palavras para o que penso e passo todo dia quando deito a cabeça no travesseiro e me sinto só dentro da minha casa. Me sinto estranha, sozinha.

Crise dos 20 e poucos anos parece que me dá bom dia e boa noite com disposição... e agora? Tem horas que me sinto mais perdida nesse mundo grande, mais perdida que filho de puta em dia dos pais.

Sei lá... queria um abraço.